domingo, 10 de julho de 2011

Enfim ...

Novo dia e tudo na mesma ... começa a tornar-se algo bem repetitivo ... gente indecisa dá-me náuseas e dor de cabeça. Há gente que diz uma coisa, faz outra e ainda quer algo mais do que isso ... os muros altos são os mais difíceis de subir e quando parece que já conseguimos faze-lo caímos e a ferida que nasce é ainda maior ... tanta coisa e o mal afinal também é meu, o idiota que cria a expectativa é tão ruim como quem a tira e disso já não me livro ... desejo que tenha uma boa vidinha, ou qualquer coisa parecida com isso ...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Começo de um novo fim

O orgulho ferido foi engolido ... Irá ser um regresso aos tempos doidos de instabilidade ou será que cresci com esse mesmo orgulho? ... Seja como for não há forma de voltar atrás, é mesmo o começo de um novo fim ... Alguma coisa mudou e ainda não sei o quê ... tenho receio do que possa vir daqui mas já basta de questões ... quero descanso ...

sábado, 14 de maio de 2011

Estado de Dúvida

Parto para outro saber ... Amor é vida? Morte? É tudo ou nada? ... a ignorância persegue como uma flecha em chamas prestes a queimar tudo em volta ... aí talvez seja morte ... insegurança e incerteza ... medo e ira pelo superficial da mente humana ... onde os pensamentos ardem e tudo o resto arde com eles ... o fogo é intenso e imenso ... tudo morre, até mesmo a alma que, sendo escura e vazia salpica bocados de tinta azul para mostrar o céu ao mundo ... mas como tudo, com o tempo, o céu fica negro ... tudo em volta morre menos uma flor ... a flor que é regada por uma lágrima caída do rosto sujo e triste de um ser incompreendido pela superficialidade da mente humana ...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Memórias

Ficamos horas sentados a olhar o que a vida nos deu para ver, sentimos a ventania dos poetas entrar na larga medalha ... sem justificar tal notícia abrimos um livro memórias ... umas sãs outras insanas, mas todas eram memórias ... de centenas de páginas folheadas encontra-se uma velha e desgastada ... cada leitura cada arrepio e, tentando soletrar o que lá se encontrava escrito o dia parara ... o papel era rasgado naquele preciso instante e colocado nas leis naturais ... um manuscrito dizendo que o beijo não é eterno nem a eternidade dura para sempre ...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Irmã

A alma já dói fundo
Mutilando o coração
Sendo talvez fim do mundo
Já não sente a ligação
Nem se liga à sensação
Apreendendo tudo em volta
Numa espécie de revolta
Baseada em ilusão
De algo que nunca solta
Mas que existe para soltar

Com vingança na mente
Vive estroinice inteligente
Sem buraco por onde ver
Nem vidas para viver
Sente o frio do dia longo
A passar por entre os dedos
Como um fio sem corrente
Como alguém que já não sente
Que já não sente a ligação…

Sufocado por ter ar
Vê a morte a aproximar
Mas sentindo a mão no ombro
Tem vontade de acreditar
Que chegou a salvação
Que chegou quem nunca vinha
Que esta vida já tem cor
Que esta amizade é apenas minha …

Uivar

Vejo a lua cair sobre a noite
Uivando o cão morto pelas ruínas da dor
Fugitivo à vida que acolhe a saudade
Ou a partida de um sonhador
Cai a chuva que molha a cidade
Fazendo a limpeza nocturna à vaidade

Quando a certeza apodera a vergonha
Sentimos a alma brilhar com sentido
Algo comprado? Algo oferecido?
Quem sabe … Quem o saberá?

Nasce a aurora fria e rasgada
Com algo sóbrio para oferecer
Ninguém a liga, ninguém a vê
Nunca consegue responder aos porquês
Dizendo-lhe sempre que a vida é assim
Caminha o cão que uiva sem fim

Pois quando a certeza apodera a vergonha
Sentimos a alma a brilhar com sentido
Não é comprado nem oferecido
È visto o saber como algo infinito
Mas nunca ninguém nos responde aos porquês …

Desassossego

Olho em volta …
Vejo tudo, não vejo nada
A dor que atormenta e apaga
A liberdade de voltar a nascer
Tudo em volta é obscuramente inquieto
Para quê ser livre?

Este desassossego constante
Vai e volta das nuvens
Como profecia sem significado
Ou vida sem sentido algum

A chuva cai antes da aurora
Fria e determinada
Que não irá passar de apenas
A chuva que me arrefece os dias mortos
Onde já nada tem sossego...